quinta-feira, 19 de agosto de 2010


Abertas inscrições para O grito e a resistência no Cerrado

Escolas, universidades, estudantes e pessoas interessadas já podem se inscrever para participar do encontro “O grito e a resistência no Cerrado: saberes e fazeres dos povos deste chão”, a ser realizado no dia 10 de setembro, a partir das 8 horas. O evento será na Cidade de Goiás (GO).

O evento tem o objetivo de promover a valorização pessoal e coletiva dos povos tradicionais, seus saberes e fazeres, e intercâmbio as várias comunidades; e alcançar a melhoria qualidade de vida da população da região trabalhada, urbana e rural, ao garantir o acesso à informação sobre a melhoria alimentar e às práticas populares de saúde, estimulando sua adoção.

Ainda, contribuir para a melhoria ambiental global, ao buscar a proteção do Cerrado, sua biodiversidade e suas águas, por meio da proteção da cultura das populações tradicionais e suas relações saudáveis com o ambiente em que vivem, evidenciando-se e estimulando-se as ações de manejo sustentável em contraponto ao desmatamento.

Uma das colaboradoras do evento é a renomada bióloga Patricia Mousinho. Segundo a especialista, o Bioma Cerrado, que tem papel-chave na questão dos recursos hídricos por abrigar as nascentes dos rios que formam as principais bacias hidrográficas brasileiras, está seriamente ameaçado. “O Cerrado teve quase metade de sua área desmatada e permanece sob taxa alarmante de degradação”.

“O Cerrado reúne um terço da biodiversidade do nosso país e 5% da flora e da fauna de todo o Planeta e infelizmente vive em constante ameaça ao seu patrimônio cultural. As comunidades que detém o conhecimento tradicional desta biodiversidade, como seus saberes e suas relações com o ambiente em que vivem, estão de modo semelhante em processo de destruição. Outro problema é a grave e inquestionável crise no sistema público de saúde nacional, destacadamente em nossa região”, complementou Mousinho.

Segundo a bióloga, o Cerrado desaparece, e com ele perdemos a opção de uso sustentável de recursos como as numerosas espécies de potencial alimentar e farmacológico nele existentes. “E é neste contexto de degradação que se desenvolve o presente, buscando-se apontar caminhos para a reversão deste quadro”.

Programação

A partir das 9 horas haverá a Mística de Abertura, que terá como foco a degradação do Cerrado e a importância das iniciativas de resistência e entrega de sementes de árvores nativas para os participantes.

Segundo Patricia Mousinho, haverá várias atividades permanentes como exposição fotográfica de plantas e frutos e exibição de vídeo sobre o trabalho desenvolvido pela Casa da Agricultura junto às comunidades e Farmacinhas.

No espaço de Direitos Humanos, benzedeiras estarão à disposição do público. Na Praça da Catedral, sob uma grande tenda, as pessoas poderão desfrutar de diversos espaços de informação, diálogo e demonstração.

Mais Informações:
Patricia de Oliveira Mousinho – patricia.mousinho@gmail.com
Maria Luiza da Silva Oliveira – marialgoias@yahoo.com.br

Fonte: Portal da Hora

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